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Teoria de Dow e a Análise Técnica

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A Análise Técnica utilizada nos dias de hoje possui grande influência na teoria criada por Charles Dow, por volta de 1887. Dow foi um colunista do Wall Street Journal e co-fundador do índice Dow Jones

OS 6 FUNDAMENTOS DA TEORIA DE DOW

1. OS PREÇOS DESCONTAM TUDO

Para Dow, os preços dos ativos já refletem todo o consenso do mercado sobre o passado, presente e também o futuro. O mercado é rápido e eficiente, e qualquer notícia será rapidamente absorvida pelo movimento dos preços.

Em outras palavras, o mercado precifica tudo o que passou, está se passando, ou que deverá ocorrer em breve. A notícias, quando chegam ao grande público, em sua maioria, já estarão precificadas pelo mercado e pouco deve impactar os preços. Se, por exemplo, há uma expectativa de redução da taxa de juros dos EUA, o dólar deve recuar antes do anúncio oficial, e não depois. Com base nisso, não devemos levar fatos e notícias em consideração na hora de decidir sobre comprar ou vender algum ativo.

Há exceções, como em casos de desastres naturais ou outros fatores inesperados.

2. O MERCADO POSSUI 3 TENDÊNCIAS

Os preços sempre se movimentam em tendências, seja ela de alta, baixa ou lateral/indefinida. Dentro destas temos as tendências primárias, secundárias e terciárias.

• Primária: É a principal tendência de um gráfico, que também é a tendência de longo prazo. A duração, segundo Dow, é de alguns meses ou anos. O índice Bovespa, por exemplo, está em uma primária de alta desde 2016. - Imagine a tendência primária como uma maré.

• Secundária: É uma movimentação de baixa, de médio prazo, dentro da tendência de alta principal. Muitas vezes chamada de correção, ela pode durar entre semanas a alguns meses. O Ibovespa, desde 2016, já apresentou cerca de 8 movimentações de baixa, dentro da tendência de alta primária. - Imagine a tendência secundária como as ondas.

• Terciária: É uma movimentação de curto prazo, que dura entre alguns dias a poucas semanas, sem alterar a tendência secundária, assim como essa não altera a tendência primária. - Imagine a tendência terciária como as marolas que ocorrem entre as ondas.

Veja na imagem abaixo um gráfico semanal do ibovespa entre 2014 e 2018, com exemplos de tendência primária, secundária e terciária. Este último seria melhor visualizado no gráfico diário.

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3. TENDÊNCIAS PRIMÁRIAS TEM 3 FASES

Segundo Dow, as tendências primárias possuem 3 fases, que são:

   - Acumulação
   - Participação Pública
   - Distribuição

Acumulação: É o melhor momento para compras. Geralmente está sobrevendido, rodeado de notícias ruins e ninguém quem saber do ativo. Neste momento os investidores mais preparados começam a montar posições no ativo. Um exemplo foi quando as ações da Petrobras (PETR3, PETR4) alcançaram a casa dos R$4,XX em 2016, e muitos diziam estar falindo. 

Participação pública: Com o ativo dando indícios de uma tendência de alta, os demais players do mercado começam a montar posições. A tendência se firma, boas notícias começam a aparecer e cada vez mais investidores começam a comprar ações, levando o ativo a ter fortes altas.

Distribuição: Neste momento, todos os jornais noticiam a forte valorização do ativo, ele vira assunto nas rodas de amigos e pessoas que nunca estudaram sobre a bolsa começam a comprar ações. Já os grandes investidores, que se posicionaram na fase de acumulação, começam a se desfazer das ações e embolsar o lucro. Logo após, a ação começa a se desvalorizar e o grande público, que entrou atrasado, começa a ter prejuízos e a criticar a Bolsa de Valores. 

 

Várias empresas de um mesmo setor na economia formam um índice e, apesar de diferentes, fatores semelhantes podem puxar dois ou mais índices para a mesma direção. Se o índice do setor industrial está em alta, por exemplo, indica que a industria está crescendo e produzindo mais, logo, é de se esperar que o setor de transporte acompanhe essa alta. Se isso se confirmar, podemos dizer que há uma tendência de alta saudável. Se não, devemos ficar alertas.

Já as médias móveis, que são uma referência confiável da percepção do mercado e praticamente precificam tudo, devem estar confirmando a tendência, além de funcionar como suporte ou resistência. Se um ativo produz uma movimentação ascendente, mas suas médias estão descendentes, não temos uma tendência saudável. 

4. OS ÍNDICES E AS MÉDIAS DEVEM SE CONFIRMAR

5. O VOLUME DEVE CONFIRMAR A TENDÊNCIA

Ligada diretamente às fases de acumulação, participação pública e distribuição, quando um ativo entra em tendência de alta, espera-se que ocorra um acréscimo no seu volume financeiro/de negociações. Isso mostra que o mercado está participativo/interessado e se posicionando à favor da tendência.

6. A TENDÊNCIA SE MANTÉM ATÉ QUE OS SINAIS DE REVERSÃO SEJAM CONFIRMADOS

Podemos comparar este princípio à primeira lei de Newton, que diz que um "corpo em movimento tende a permanecer em movimento até que uma força contrária seja aplicada sobre ele".

Enquanto o ativo obedecer os critérios de uma tendência, e tiver confirmação dos índices e médias, é esperado que ele permaneça naquela tendência. Movimentações contrárias que não tiverem confirmações dos seus critérios não representarão uma mudança da atual tendência, e sim, uma possível correção

 

O problema aqui é que, caso o ativo passe a apresentar e confirmar critérios de uma mudança na tendência, grande parte da movimentação prévia foi perdida, e isso gerou muitas críticas à teoria de Dow..   

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